Avaliação Regional para Investidura

Avaliação Regional para Investidura

 Olá desbravadores. Tudo bem? 

Estive um pouco sumida por aqui, mas voltei com um assunto um pouco polêmico: A Avaliação Regional para Investiduras.

Todo (ou quase todo) diretor de clube já precisou agendar com o regional uma Avaliação para Investidura. Mas afinal, o que será avaliado? Qual é o limite e os parâmetros usados nessa avaliação?

Me acompanhe! Vamos entender o que diz o manual:

É função privativa dos regionais, e dos Distritais quando por eles autorizados, avaliar o cumprimento das Classes, Especialidades e requisitos para a admissão em lenço e aprovar o recebimento dos devidos emblemas. O principal objetivo desta avaliação é conferir se os Desbravadores cumpriram corretamente todos os requisitos.” Manual Administrativo (v. 2020), p. 100

Na prática, depois de todas as avaliações aplicadas pelo instrutor de classe e especialidade, ou instrutor de aspirantes, e as notas apresentadas ao diretor, o Diretor convida o regional para fazer a avaliação. Essa avaliação é feita 3 semanas antes da investidura (anota isso na agenda!) para que haja tempo pra correções. 

Para formaturas de lenço, o regional deverá avaliar se os candidatos dominam os requisitos do cartão de Admissão, fazendo perguntas sobre os itens apontados no cartão. Se todos souberem responder corretamente, então estarão aptos para receber o lenço. Caso haja muitos erros, ainda terão algumas semanas para aprender.

Quanto às Especialidades, o regional vai ter acesso à todas as provas e trabalhos apresentados. Vai olhar também as apostilas usadas, verificar as bibliografias e também verificar o instrutor – se é investido na especialidade, se é formado ou profissional da área, ou mesmo se tem domínio e afinidade com o tema. 

  • De acordo com o manual, o instrutor não precisa necessariamente ser investido na especialidade, podendo apenas apresentar domínio sobre o tema em questão. Por exemplo, o regente do coral da igreja pode passar a especialidade de música pro clube; aquele membro que arrasa contando histórias no momento infantil pode passar a especialidade de Arte de Contar Histórias; ou quem sabe aquele vizinho da igreja que tem um lindo jardim pode ser convidado para passar a especialidade de jardinagem. O limite é apenas os requisitos da especialidade em si, que todos devem ser abordados seguindo os parâmetros dos princípios adventistas que o clube deve seguir.

Caso o instrutor opte por outras formas de avaliação, como avaliação oral ou prática, é interessante passar as datas das avaliações para o regional, assim ele pode estar presente no dia observando o decorrer das avaliações.

O Regional não tem autoridade para interferir no método avaliativo escolhido pelo instrutor, ou no nível de dificuldade das provas. Ele apenas avalia se todos os requisitos estão sendo ensinados corretamente. Ele também não corrige prova (até porque o regional não tem obrigação de ter todas as especialidades do manual!). Não pode nem aumentar nem diminuir notas. Mas pode solicitar uma avaliação extra, se verificar que algum item não foi abordado.

E um detalhe de extrema importância: O Regional não deverá ficar sozinho com os desbravadores no momento da avaliação. O Diretor e/ou o Instrutor deverão estar presentes todo o tempo.

Uma pergunta que eu recebo muito é: Quantas especialidades o desbravador pode receber na investidura? Existe um limite?

Segundo o manual, a resposta é não, não existe um limite para quantas especialidades o desbravador pode ser investido de uma vez. O manual aponta a seguinte instrução para o clube:

“O Clube deve oferecer anualmente aos Desbravadores todas as Especialidades exigidas nos cartões de Classes e, além dessas, pelo menos mais três.” Manual Administrativo (v. 2020), p. 116.

Vamos relembrar as especialidades por classe:

Avaliação Regional para Investidura
 
Esse quadro já apareceu por aqui pelo blog antes, e mostra que cada classe tem, pelo menos, 6 especialidades a serem cumpridas. E como o manual instrui a passar as especialidades das classes e mais, pelo menos, 3, o número de especialidade que o desbravador deve ser investido no final do ano é, no mínimo, 6, e no máximo, o que a capacidade dele permitir. Pode ser apenas as 6 da classe, pode ser as 9 (classe + 3), ou mais. Se a direção do clube quiser colocar um limite, que tenha em mente, por exemplo, que apenas para a classe de excursionista ou guia são necessárias no mínimo 8! O limite não deverá ser inferior a isso, pois do contrário o desbravador não conseguirá ser investido na sua classe.

Agora, em relação a avaliação das Classes, essa deve ser de forma escrita. A instrução do manual é que seja usado o caderno de classe, ou uma pasta com relatórios escritos dos itens teóricos das classes (ver pág. 112). Na avaliação, o regional terá acesso a esses cadernos e pastas, e poderá arguir os desbravadores sobre os itens, principalmente os práticos – caminhadas, acampamentos, etc. Ele também vai verificar se o instrutor daquela classe possui a classe em questão, pois apenas membros investidos podem ser instrutores de classe! O ideal é que sejam líderes, mas sabemos que nem todo clube possui essa mão de obra, então basta que o membro da diretoria escolhido tenha aquela classe.

 

Agora eu falo com você que é Regional: Vá preparado! Tenha em mente as especialidades que vai avaliar, as classes, e se no clube existem crianças com necessidades específicas, como surdas, autistas, ou com baixa mobilidade – as avaliações devem ser individuais levando em conta cada desbravador como único. E não seja carrasco, essa avaliação deve ser um momento a mais no processo de aprendizagem – muitas crianças ficam nervosas quando estão sendo avaliadas. Portanto seja descontraído, amigo, e queira ajudá-los!

Agora compartilha com seu Diretor, seu Regional, seu Distrital, manda pra geral!

Até breve! =)

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